8 de março de 2018

Conflitos e Novas Guerras, uma analise em Malesevic

                A Humanidade evoluiu de forma extraordinária no aspecto tecnológico mas,  desde que o mundo é mundo que os conflitos existem, lamentavelmente continua atrasada no que diz respeito à moralidade. Por isso, apesar dos milênios transcorridos, continuamos conflitando por qualquer coisa, como consequência da predominância do orgulho e do egoísmo entre os homens. E hoje, a par do progresso em todos os campos de atividades, são tantos os conflitos nos mais diversos recantos do globo que surgiu um novo termo, nova conflitualidade, para estabelecer a diferença com os antigos.
                 As guerras contemporâneas, depois de 1945, tornaram-se cada vez menores entre Estados e passaram a contemplar outros atores, infra estaduais e supre estaduais, capazes de executar operações militares, verificando-se uma extrema plasticidade dos seus atuantes, assemelhando-se muitas vezes a uma luta pela sobrevivência, sem regras, sem objetivos claramente definidos, deixando assim o Estado de possuir o monopólio do uso da violência. Dentre as características dos novos conflitos encontra-se o recurso das táticas de guerra suja, ocasionando o aumento da morte de civis.
                 Para Herfried Munkler passou a haver uma desmilitarização da guerra, no sentido de que os objetivos civis não se distinguem dos militares e a violência extrema é exercida contra não combatentes e sobre todos os domínios da vida social, em que se usam profusamente crianças-soldado, sendo também normal a generalização da violação do direito aplicável aos conflitos armados, bem como do regime de proteção dos direitos humanos. Outra característica nos conflitos internos do pós-guerra fria é a dificuldade em distinguir combatentes e não combatentes, por ser tênue a linha que os separa, tornando difícil a identificação de quem é a vítima ou o agressor. 
                Como os atores deste tipo de conflito são outros, o seu caráter também teve que evoluir: São guerras irregulares, estrutural ou temporariamente assimétricas, sem frentes, sem campanhas, sem bases, sem uniformes, sem respeito pelos limites territoriais, de objetivos fluidos, de combate próximo, estando os combatentes misturados com a população que utilizam como escudo e, se necessário, como moeda de troca. Têm na inovação, na surpresa e na imprevisibilidade, os seus "pontos fortes" onde os fins justificam os meios, empregando por vezes o terror, onde o estatuto de neutralidade e a distinção civil/militar desaparecem.
                   Dentre os vários autores que abordam as novas guerras está Sinisa Malesevic, que faz uma análise crítica sociológica do seu paradigma com um foco sobre os efeitos e as causas das guerras recentes. O autor argumenta que, apesar do desenvolvimento ao elaborar modelos, a sociologia contemporânea da guerra repousa sobre bases precárias e, portanto, não convence. Assevera que ao invés de assistir a uma dramática mudança nas causas e nos objetivos dos violentos conflitos contemporâneos, é importante perceber uma transformação significativa no contexto sócio histórico em que essas guerras são travadas. Afirma que uma variedade de influentes acadêmicos de um leque de disciplinas tão diversas como estudos da segurança (Snow 1996; Duffield 2001), da economia política (Collier 2000; Jung 2003), relações internacionais (Gray 1997; Keen 1998) e da teoria política (Munkler 2004) abraçaram o paradigma das novas guerras. Todavia, esses acadêmicos argumentam que todos os conflitos violentos desde o final do século XX são totalmente diferentes dos seus antecessores. 
              O argumento é que estas novas guerras diferem em termos de âmbito (civis e não de conflitos interestatais), métodos, modelos de financiamento (externo e não interno), e são caracterizados por uma baixa intensidade associada a altos níveis de brutalidade e com deliberados ataques contra civis. Além disso, ao contrário das "velhas guerras", este novo conflito violento tem premissas em diferentes táticas (terror e guerrilha, em vez de ações em batalhas convencionais), diferentes estratégias militares (controle populacional em vez de captar novos territórios), utilizam diferentes combatentes (exércitos privados, bandos apenados e chefes militares, em vez de soldados profissionais ou conscritos), e são altamente descentralizados. As novas guerras são também vistas como caóticas, uma vez que esbata distinções tradicionais (legais versus ilegal, privados e públicos, civis versus militares, interno versus externo, e local versus global). Embora a investigação proveniente do paradigma das novas guerras tenha se revelado altamente benéfica para realçar algumas características distintivas de guerras civis durante a década de 1990, foram seriamente contestadas muitas das suas reivindicações.
                  Uma das constatações feitas por Milasevic é que apesar da Guerra ser um assunto muito negligenciado pela investigação sociológica, surgiram mais teorias, conceitos e análises empíricas do que problematizar a natureza dos conflitos contemporâneos.
             Para Zygmunt Bauman's (apud Milasevic, 2008) as "novas" guerras estão situadas no contexto de transição entre a estável, sólida e regulamentada modernidade, para uma não regulamentada e principalmente caótica "modernidade líquida." Em sua opinião, a modernidade foi construída sobre as ideias do Iluminismo de uma totalidade ordenada, favorecendo a eliminação de aleatoriedade e ambivalência, e privilegiando o compacto territorial da organização administrativa. Em contraste a isto, a modernidade liquida é extraterritorial, com a velocidade e a mobilidade do capital global dissolvendo fronteiras estatais como potência na mudança de estado-nação para corporações globais. Essa alteração estrutural gera duas formas distintas, mas profundamente interligadas de novas guerras: guerras globalizantes onde as lutas acontecem à distância através de armas tecnologicamente avançadas, e da globalização, induzida por guerras conduzidas no vazio deixado pelo colapso das antigas estruturas estatais. Para Bauman o objetivo central para globalizar guerras se torna "a abolição da soberania do Estado ou a neutralização do seu potencial de resistência" para acomodar a integração e coordenação do fluxo acelerado dos mercados globais, enquanto que para a globalização, na guerra induzida o que se pretende é reativamente "reafirmar a perda de significado espaço.
               As novas guerras se notabilizam por uma violência sem igual, onde a barbárie é sua marca. Estas novíssimas guerras ocorrem majoritariamente em Estados colapsados. Os seus objetivos passam pelo controle do território e de recursos estratégicos, onde grupos em constante luta disputam com o Estado o monopólio do uso da força. Observa-se que as guerras tem sido palco de investigação, onde tem se buscado identificar as causas das "novas guerras". Nesse sentido, várias são as formulações estudadas onde os pensadores da atualidade afirmam que uma das causas é a globalização, outros que uma das causas é o nacionalismo exacerbado e ainda existem autores que chegam a afirmar que as "novas guerras" não diferem em nada das antigas. Particularmente, acreditamos que as causas da guerra passam por todos os autores na medida em que nenhum está com a verdade absoluta e cada um consegue captar um fragmento. Acredito também, de forma otimista, que enquanto tiver pessoas que compreendam que a vida é o bem maior do planeta e existirem governantes conscientes de que com suas atitudes podem construir um mundo melhor e mais humano, onde não impere as desigualdades, a pobreza, a ganância e haja democracia, poderemos viver sem guerras, com a paz predominando em plenitude.

12 de maio de 2017

THE GLOBALIZATION OF CRIME - A TRANSNATIONAL ORGANIZED CRIME THREAT ASSESSMENT (A GLOBALIZAÇÃO DO CRIME UM CRIME ORGANIZADO TRANSNACIONAL AVALIAÇÃO DE AMEAÇA)

Crime Organizado Transacional – COT
Globalização e ameaça iminente e futura

O crime organizado transnacional (COT) tem sido foco de um conjunto crescente de estudos desde a década de 1990, cujas abordagens teóricas e enquadramentos empíricos têm enorme variação. Neste vasto meio de produções é possível identificar profissionais de agências policiais e de governos, funcionários de organizações internacionais e não governamentais, bem como acadêmicos.
Em 1994, segundo ano do governo de Bill Clinton, o Center for Strategic and Internacional Studies (CSIS) convocou uma conferência de oficiais de alto nível da Inteligência e aplicação da Lei. Seu título era “Crime Organizado Global: O Novo Império do Mal”.
As atividades ilícitas transnacionais claramente não são inéditas no sistema internacional moderno. Há variados exemplos históricos de grupos não estatais que promoveram ações consideradas ilegais através de fronteiras nacionais e acarretaram agressões à política e à economia dos países.
Novas dinâmicas técnicas, econômicas e políticas reunidas sob a rubrica de globalização, as atividades ilegais que atravessavam fronteiras teriam se expandido e se estruturado a ponto de representarem ameaças alarmantes e não simplesmente problemas domésticos com soluções domésticas. As atividades criminosas transnacionais estão crescendo praticamente em todas as regiões do mundo, enquanto grupos criminosos organizados tiram proveito da redução das barreiras políticas e econômicas, das sociedades em transição, da tecnologia de telecomunicações modernas e práticas empresariais que facilitam o comércio legítimo internacional.
Com o avanço das tecnologias via satélite, dos cabos de fibra ótica e da miniaturização e o aumento da capacidade dos computadores, estes aspectos, somados aos telefones celulares, dinheiro eletrônico e internet, promoveram um aumento exponencial na comunicação, no transporte, na distribuição e, especialmente, no anonimato, propiciando um aumento dos grupos criminosos.
Há uma feroz crítica de que esta vinculação entre o crime transnacional e a globalização, pois ela procede da fenomenologia do processo bem como de uma visão mecanicista.
O crime organizado iniciou-se em Chicago em 1919, sendo esse fenômeno ainda situacional e não globalizado. Após o fim da guerra fria, o crescimento em larga escala do crime mundializado como fenômeno, levou as Nações Unidas a gerar uma Convenção que entraria em vigor em 2003. A Convenção não definiu claramente o que seja crime transacional, mas utilizou-se de regras já consagradas para tornar mais fácil a persecução dos infratores.
Nesta crescente escalada do crime organizado estão o tráfico de drogas, de seres humanos, que com o fim pós-guerra fria e das guerras civis, o impacto foi certeiro no crime organizado, que de certa forma, os especialistas e estudiosos não previram essa mudança comportamental e nem prospetaram o futuro neste sentido.
A incerteza e a previsibilidade sobre essas questões, levou de certa forma às nações ao risco iminente de uma “nova guerra”, mas agora não de não contra nação mas entre as nações. Vários fatores contribuíram para essa globalização tais como: a expansão dos negócios do comercio, o turismo e a abertura das fronteiras e a expansão da internet que não havia barreiras de comunicação, bem como a rápida expansão das comunicações por telefone móvel.
Segundo dados oficias de um estudo recente, a pornografia adulta e infantil cresceu e se enraizou em centenas de milhares de locais, tornando acessível esse mercado antes somente aos países cuja a repressão a esse fenômeno era incontrolada. Este estudo recente, foi capaz de detectar que mais de 100 países não tinham legislação especifica para a proteção e o combate desse crime, inclusive nas questões de circulação de dinheiro que não entrava nos países por via natural e sim ilegal. 

10 de fevereiro de 2017

Casos e situações "desviantes" para se alcançar as metas sociais...

O quadro de desordem social que o Estado do Espírito Santo no Brasil enfrenta, nos faz refletir sobre as condições sociais das pessoas que, aproveitando-se da fragilidade no policiamento ostensivo por parte da polícia, iniciou uma série de furtos, roubos e homicídios, numa nítida mudança comportamental e de paradigma de que, só cometem crimes os menos favorecidos ou os criminosos habituais.
Em qualquer sociedade do mundo, por mais eficientes que sejam as suas normas de conduta, estruturadas e aparelhadas as suas instituições jurídicas, vamos encontrar comportamentos de desvios, como um verdadeiro fenômeno universal. O comportamento anômico que se revelou no Espirito Santo é um fenômeno que sempre existirá em qualquer sociedade pós-moderna e consumista.
A Divisão do Trabalho Social de Durkheim que foi o primeiro a usar a palavra "anomia" numa clara tentativa de explicação de certos fenômenos sociais, desenvolveu seu pensamento na sociedade moderna que para poder atingir os seus fins, inclusive de produção e sobrevivência, precisava  organizar-se, sendo que, a organização impõe divisão de trabalho ou tarefas; a divisão de tarefas produz especialização; a especialização ocasiona isolamento dentro do grupo, motivando, por sua vez, um enfraquecimento do espírito de solidariedade do grupo global; o enfraquecimento desse espírito de solidariedade acarreta uma influência dissolvente e, por via de consequência, o comportamento de desvio.
“A medida que o grupo cresce (...) na mesma medida, a unidade direta, interna, do grupo contra os outros se afrouxa e a rigidez da demarcação original contra os outros é amaciada através das relações e conexões mútuas. Ao mesmo tempo, o indivíduo ganha liberdade de movimento, muito para além da primeira delimitação ciumenta. O indivíduo também adquire uma individualidade específica para a qual a divisão do trabalho no grupo aumentado dá tanto por ocasião quanto por necessidade. (...) A vida de cidade pequena na Antiguidade e na Idade Média erigiu barreiras contra o movimento e as relações do indivíduo no sentido exterior e contra a independência individual e a diferenciação no interior do ser individual.
Essas barreiras eram tais que, o homem moderno não poderia respirar. Mesmo hoje em dia, um homem metropolitano que é colocado em uma cidade pequena sente uma restrição semelhante, ao menos, em qualidade. ”
Partindo de uma análise, em toda sociedade existem metas culturais a serem alcançadas, entendendo-se como tais os valores socioculturais que norteiam a vida dos indivíduos. e querem atingir esses objetivos e metas segundo os meios que lhes são propostos pela própria sociedade.
A Teoria das Estruturas Sociais de Robert Merton, contudo, demonstra que os meios existentes não são suficientes nem estão ao alcance de todos, acarretando, assim, um desequilíbrio entre os meios e os objetivos a serem atingidos.
Esse desequilíbrio entre os meios e as metas ocasionaria o comportamento de desvio individual (ou coletivo), pois o indivíduo no empenho de alcançar as metas que lhe foram sugeridas e não dispondo de meios para tal, buscaria outros meios, mesmo que contrários aos interesses sociais e às leis vigentes, gerado pelas oportunidades.  

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 

14 de setembro de 2016

Raizes e Teorias explicativas do crime...

Algumas teorias que explicam o crime e suas raizes..

1) A Teoria da contenção, propugnada por Reckless, a sociedade produz uma série de estímulos, de pressões, que impelem o indivíduo para a conduta desviada. Mas referidos impulsos são impedidos por certos mecanismos, internos ou externos, de contenção que lhes isolam positivamente.

2)A Teoria do controle interior, é sustentada por Reiss e tem inequívocas conexões com a psicanálise e com a cibernética. Para o autor a delinquência é o resultado de uma relativa falta de normas e regras internalizadas, de um desmoronamento de controles existentes com anterioridade e/ou de um conflito entre regras e técnicas sociais;

3) A Teoria da antecipação diferencial de Glaser, a decisão de cometer ou não cometer um delito vem determinada pelas consequências que o autor antecipa, pelas expectativas que derivam de sua execução ou não-execução. O indivíduo se inclinaria pelo comportamento delitivo se de seu cometimento derivam mais vantagens que desvantagens, considerando seus vínculos com a ordem social, com outras pessoas ou suas experiências precedentes.


4) A Teoria da conformidade diferencial de Briar e Piliavin, existe um grau variável de compromisso e aceitação dos valores convencionais que se estende desde o mero medo do castigo até a representação das consequências do delito na própria imagem, nas relações interpessoais, no status e nas atividades presentes e futuras. Isso significa que, em situações equiparáveis, uma pessoa com elevado grau de compromisso ou conformidade com os valores convencionais é menos provável que assuma comportamentos delitivos, em comparação com outra de inferior nível de conformidade.

9 de setembro de 2016

Arquitetura das cidades e Criminalidade, como podemos entender? Parte 1















A cidade deve garantir, tanto no plano material como no espiritual, a liberdade individual e o benefício da ação coletiva.
A maioria das cidades projetadas, não oferecem uma satisfação e um equilíbrio entre as necessidades básicas biológicas e psicológicas primordiais aos seus habitantes. 
O urbanismo se destina a conceber regras necessárias para garantir aos cidadãos condições de vida capazes de salvaguardar não somente sua saúde física, mas também a saúde moral e a alegria de viver.
Hebenezer Howard e Le Coubusier planejavam não apenas um ambiente físico, mas também projetavam uma utopia social; era uma liberdade individual máxima, não a liberdade de fazer qualquer coisa, mas à liberdade em relação à responsabilidade cotidiana.

26 de agosto de 2016

Inovação Frugal










Você sabe o que é INOVAÇÃO FRUGAL ?

Inovação frugal, conforme explicam os acadêmicos Navi Radjou e Jaideep Prabhu em artigo na revista Harvard Business Review (HBR), não é apenas fazer mais com menos, mas fazer melhor com menos.
Frugal é um adjetivo que qualifica o que é comedido, simples, econômico no uso de recursos, evitando o desperdício, a extravagância e o esbanjamento desnecessários.
Inovação frugal significa criar produtos e serviços simples e eficazes, porém de alta qualidade, para um consumidor cada vez mais exigente, preocupado e alerta em relação às suas economias pessoais e com elevada consciência ambiental e social.

25 de agosto de 2016

Conflitos e atualidades

Quais são os desafios atuais e porque temos tantos conflitos? 
Para Simmel (1976), a vida em sociedades urbanizadas é capaz de gerar conseqüências psicológicas nos indivíduos que dividem os espaços das cidades. A maioria dessas conseqüências é nefasta, e para defender-se, os habitantes
metropolitanos são levados a adotar uma série de comportamentos, como o distanciamento das relações afetivas.
O que para o homem primitivo foi à luta com a natureza visando à autopreservação, para o homem moderno é uma luta entre o interior e o exterior, entre o individual e o supra-individual.
"A metrópole altera os fundamentos sensoriais da vida psíquica”. O tipo metropolitano está exposto a uma quantidade muito maior de estímulos nervosos do que o homem do campo, para o autor a oposição da cidade grande com o campo é a oposição entre o mais rápido e o mais lento, entre o habitual e o nunca habitual, devido a mudanças constantes de imagens, sons, entre outros. Desta forma, poderia haver uma espécie de “overdose” de estímulos nervosos, isto implicaria em uma desestabilização emocional. Sendo assim, postula-se que os sujeitos adotem certa vida mental para que consigam continuar vivendo nesta sociedade.
Simmel mostra que na Modernidade há uma discrepância grande no ritmo de crescimento da cultura objetiva, isto é, ligada aos objetos, e da cultura subjetiva, que diz respeito à cultura dos sujeitos. Enquanto a objetiva cresceu vertiginosamente, a subjetiva foi mais lenta e pode até ter regredido em certos aspectos.
O advento da Modernidade possibilitou avanços em diversos campos de conhecimento. Desta forma, houve um enorme desenvolvimento do espírito objetivado das coisas.
A causa deste fenômeno seria a divisão do trabalho e sua crescente especialização. Na modernidade os objetos ganham uma autonomia própria, gerando assim, uma preponderância destes sobre o sujeito. É como se os objetos passassem a existir por si, independentes dos homens. Isso caracterizaria a Tragédia Moderna, a falta de controle dos seres humanos sobre os objetos criados.
Para Simmel, o advento da economia monetária é o fator estrutural mais importante da época moderna e o dinheiro se caracteriza assim, como o elemento que une e separa “trata-se da fronteira de interesses, por um lado, e da separação dos mesmos por outro”.

9 de maio de 2016

A questão da ética na vida social urbana.

A questão da ética na vida social, só a virtude , a vontade moralmente boa nos tornará felizes e dignos de sermos felizes. 
Não há nada melhor no mundo do que a vontade moralmente "boa" , isto é, a virtude!
O caráter absoluto da ética kantiana, com a recusa de qualquer consideração sobre as consequências práticas do rigoroso cumprimento dos deveres, foi largamente rejeitado no pensamento contemporâneo. 
Segundo Kant, a vontade moralmente boa não existe como simples meio para a satisfação de nossas necessidades naturais, pois para isso basta o instinto, como os animais. Ela é uma finalidade em si mesma, ou seja, é o bem supremo, condição da qual dependem todos os outros bens, inclusive a aspiração à felicidade. 
A vontade moralmente boa é a da pessoa que cumpre o seu dever; não porque isso seja de seu interesse, como sustentou Adam Smith, não porque haja uma inclinação natural para o cumprimento do dever, somos impelidos não pelas relações mas pelo nosso senso íntimo desse dever. 

20 de julho de 2015

Criminologia Crítica em oposição à Criminologia Tradicional

A Criminologia crítica se desenvolve por oposição à Criminologia tradicional, a ciência etiológica da criminalidade, estudada como realidade ontológica e explicada pelo método positivista de causas biológicas,b psicológicas e ambientais. Ao contrário, a Criminologia crítica é construída
pela mudança do objeto de estudo e do método de estudo do objeto: o objeto é deslocado da criminalidade, como dado ontológico, para a criminalização, como realidade construída, mostrando o crime como qualidade atribuída a comportamentos ou pessoas pelo sistema de justiça criminal, que constitui a criminalidade por processos seletivos fundados em estereótipos, preconceitos e outras idiossincrasias pessoais, desencadeados por indicadores sociais negativos de marginalização, desemprego, pobreza, moradia em favelas etc;o estudo do objeto não emprega o método etiológico das determinações causais de objetos naturais empregado pela Criminologia tradicional, mas um duplo método adaptado à natureza de objetos sociais: o método interacionista de construção social do crime e da criminalidade, responsável pela mudança de foco do indivíduo para o sistema de justiça criminal, e o método dialético que insere a construção social do crime e da criminalidade no contexto da contradição capital/trabalho assalariado, que define as instituições básicas das sociedades capitalistas.

29 de julho de 2014

A jogada perfeita...

Ao encerrar a Copa do Mundo de 2014, o Brasil efetivamente entrou para o seleto grupo de Países que já sediaram um megaevento, a contrário senso do que sempre ouvíamos nunca na história desta nação um evento desta envergadura fora feito, pois muitos são os ingredientes necessários para sua composição bem como requisitos essenciais para a construção desta marca.
A frase que sempre ouvi do professor doutor Peter Tarlow nesses últimos anos era que deveríamos proteger o turismo, deveríamos tratar nossos turistas como se pai deles fossemos e principalmente, cuidar da nossa reputação. Ora, uma reputação não se cria da noite para o dia, é preciso investimento e investimento pesado, não só no que entendemos como tecnologia, mas também na qualificação e capacitação dos profissionais que são os apoiadores deste mercado.
Muitas lições foram aprendidas e muitas lições foram reconstruídas, haja vista a interseção de vários fatores neste megaevento sendo estes diferenciados do nosso evento mais singular, o carnaval. Tomo como exemplo a invasão portenha de Los Hermanos, as misturas políticas e sociais da Avenida Atlântica na festa Fun e porque não dizer na orla toda, diversas nacionalidades contagiadas pelo nosso swing simpatia e pela nossa capacidade de dar a volta por cima, na forma do brasileiro lidar com as adversidades e na mágica representação das belas paisagens e contornos do meu e do nosso Brasil, brasileiro.
O Brasil foi o cenário ideal para a construção de um campeão que não se dá por acaso, é preciso paciência, investimento, e conhecimento para saber gerir e isto não faltou à seleção da Alemanha, eles foram impecáveis, aquele empate contra Gana, ah! Previsível, dentro do razoável.
Quero me ater ao comportamento fora e dentro de campo dos jogadores alemães fazendo uma análise do que é trabalho em equipe e de como poderemos interpretar essa situação no campo da segurança, pois neste item avançamos muito, mas dentro da competição, o que não era satisfatório, mas foi bem contornado e o melhor a tempo.
Uma das principais fontes de uma reconstrução a partir de um símbolo é o diagnóstico, diagnosticar pode ser entendido como: analisar, entender, conhecer ou até mesmo antever no sentido de prevenir. Na elaboração deste diagnóstico podemos objetivar qual o caminho a traçar, que formas e materiais serão utilizados e como manobraremos os percalços, as crises e acontecimentos que por ventura venham a comprometer todo o planejamento.
Eles, os alemães foram, além disso, num simples passeio de barco tornaram aquela aventura umas práticas de trabalho em equipe se dividiram com tarefas, entenderam que todos são importantes e mais de que palavras, pois os ventos as levam, praticaram juntos e manobraram a crise ante a possíveis soluções.
Nos manuais das escolas de gestão, muitos conceitos e teorias podem ser ditos, mas o aprendizado verdadeiro vem da experiência real e a experiência gera esperança, mas a experiência de nada vale se não for frutífero para geral algo objetivo mundo exterior.
Muitas coisas ainda poderiam dizer sobre o que vivemos nesta Copa do Mundo, muitos saíram e sairão maravilhados com esta experiência vivenciada, mas nós profissionais que exercemos nossa profissão com profissionalismo, amor e dedicação, seremos lembrados não pela nossa capacidade, mas sim por termos garantido o direito da experiência e de ter gerado a esperança de milhares de pessoas do mundo inteiro de que fomos capazes de eternizar o sonho.

22 de fevereiro de 2014

o Pós Modernismo e a democracia

A era moderna, em decorrência da ascensão irredutível dos movimentos democráticos, despolitizou as relações de poder e a própria política. O problema é que, historicamente, foi a partir de relações políticas que se construiu a civilização, enfatizando a separação entre governantes e governados. O movimento democrático confunde estes dois elementos separados historicamente.
O governo sempre foi superior ao povo, dando-lhes as direções a seguir. Se o governo se parece e corresponde aos anseios do povo, ele perde a sua capacidade de liderança e de guia do processo civilizatório. Mais precisamente, o governo não deve e não pode refletir a vontade do povo, sob pena de se tornar uma instância inferior e submetida a este. Esta idéia de Nietzsche é conflitiva com todos os teóricos democráticos, principalmente Rousseau e Marx. O governo que é governado pelos governados deixa de criar condições para o surgimento dos grandes homens, prejudicando a cultura pois, como vimos, a cultura da massa é medíocre e sufoca o aparecimento dos grandes homens.

Deste modo, a inversão entre Estado e povo é anti-histórica porque a política sempre foi um instrumento da cultura. Mais ainda: o auto-governo do povo acarretará a destruição do Estado, pois este torna-se algo supérfluo. A democracia, então, seria a forma histórica de decadência do Estado, constituindo-se como uma praga que se alastra e destrói os muros da cultura. O que destrói o Estado, então, é a dissolução da hierarquia e da desigualdade, liquidando a possibilidade de construção de uma nova cultura.


19 de dezembro de 2013

Torcedor ou Espectador, quem somos nós? Parte I

Em meados de 1985, quando da realização do primeiro grande evento na cidade do Rio de Janeiro e porque não dizer no Brasil, um festival de música desenhava uma nova história sobre uma cidade, um País, nascia o Rock in Rio, maior evento de música que se tornaria ao longo de 30 anos não só um encontro de jovens apaixonados por música ou rock ‘n roll, mas um conceito, uma catarse emocional, que mesclava um ritual coletivo de histeria e suspiros da alma.
Minha primeira reflexão é sobre uma paixão nacional e por que não dizer mundial, o Futebol que arrebata multidões e que às vezes se confunde até mesmo com os sentimentos mais íntimos do homem que é o amor.
Os filósofos Aristóteles e Friedrich Nietzsche associavam e dividiam no caso do primeiro em catarse emocional do espectador em liberação de determinadas sensações com o afloramento dos sentimentos tais como: temor, humor, empatia e antipatia.
O filósofo alemão, busca na tragédia a origem desses sentimentos alternantes, pois é na frustração e na angústia que se revelam os sentimentos mais escondidos, as manifestações psíquicas e fisionômicas do público perante um evento coletivo de encenação como em festivais de música, eventos esportivos ou em campos de futebol.
Neste mesmo cenário, observa-se que, existem características substancias entre o que se pode chamar de espectador e torcedor, um não invalida o outro, mas um é diametralmente oposto ao outro, uma vez que na visão antropológica dos fatos à observação da alteração do comportamento mental e físico e do humor, variam de acordo com a intensidade e o clímax do evento.
O autor e seus intérpretes são apenas a metade do processo total: a outra metade é composta pela plateia e sua reação. Sem plateia não existe drama.”
Então como explicar as manifestações de catarse do público ante a um solo de guitarra efetuado pelo líder do extinto grupo de rock Led Zepelin, como não se deixar levar por essa inquietude da alma. O mesmo sentimento que podemos perceber nesta dimensão em situações extremas, coloca o torcedor em confronto direto com o expectador quando um gol de placa é feito pelo melhor jogador do seu time, é uma sensação inexplicável, é um orgasmo multifacetado que eletriza o corpo e suas reações físicas incontroláveis.
 Na esteira deste raciocínio, pensamos primeiramente nas ideias e no conceito de ordem, ora, se estamos falando das formas exacerbadas de compreensão deste universo que mistura ordem e desordem internas, porque não entendermos como o cenário ordeiro em questões de segundos vira completamente.
No sentido formal etiológico, ordem significa unidade na diversidade; refere-se a partes diferentes que guardam certa proporção. Quando descrevemos o que seja ordem no mundo exterior, não incluímos o que para nós seria impossível dimensionar por ordem e organização das nossas reações.

Obviamente, nossas reações são desordenadas no contexto da paixão pelo esporte, somos muitas das vezes irracionais para expressarmos nossas experiências, pois ordem é sempre relativa; sempre que se fala da ordem devemos observar relação com algum critério determinado...

23 de outubro de 2013

Admiravel mundo novo!

Bem, quando resolvi escrever, pensei o que realmente seria interessante e que representasse minha vida atual.
Hoje, percebo que os fatos e as coisas são muito mais além do que possamos imaginar, o sentimento de estar sozinho passa muito além de ser rejeitado ou colocado de lado.
Outro dia mesmo, eu estava sendo festejado por causa de uma vitório, mas agora, que sentimento de vazio e solidão, simplesmente, vazio...
Ora, essa percepção sujeita ao sujeito aquilo que nos obriga em muitas das vezes sermos tachados de arogantes, com falta de humildade ou qualquer coisa semelhante, mas como não ser? e porque as pessoas são tão interesseiras a ponto de só olhar quando interessa? Talvez, muitos que se desviam ou cometem crimes, são de certa forma os " rejeitados" sociais, aqueles cujas penas já são atriuídas a eles sem que os mesmos tenham cometido algum delito...
A pena, mas que pena? aquela objetiva ou a subjetiva neste admiravel mundo novo!!!

4 de outubro de 2013

Loic Waquant na UERJ!

O Rio de Janeiro mas precisamente na UERJ, dia 21 de outubro, o Prof. LOIC WACQUANT , estará palestrando na Universidade a partir das 09h00, imperdível!!!

Inquietações, Fantasias e Tragédia..

" Temo que os filósofos por causa da música, os músicos por causa da filologia se recusem a ler o livro" confessou Nietzsche em carta 1871 - antecipando a polêmica que a publicação de seu O Nascimento da tragédia suscitaria...
Após alguns meses de férias do Blog, retorno com algumas conclusões acerca de vários contornos sociais, ou melhor, irei apontar algumas formas de Conflitos Sociais que estão acontecendo aqui no Brasil e no mundo, afinal de contas...pensar é a nossa inquietação!




28 de fevereiro de 2013

Conflito sociais e sua repercussão no contexto da Ordem Publica - Parte 1


A organização policial e não policial e sua articulação com a sociedade civil, tendem a observar e a manejar a ordem publica e em muitos casos é agir como agencia controladora. A agencia controladora é o Governo, que detém o poder de controlar e punir que pertencem ao sistema de Justiça Criminal. Existe um comportamento  Legal e outro Ilegal ( Skinner ); o comportamento ilegal traria consequências adversavas a agencia governamental, ou seja, é necessário que a sociedade cumpra fielmente as regras sociais pré estabelecidas.
Outro aspecto importante segundo Skinner é como reagem os controlados diante dos controladores, existe uma aceitação incondicional?
Skinner sublinha e enfatiza que existe um intercâmbio reciproco entre os participantes...
Há pelo menos duas teorias que interpretam de maneira diferente os conflitos sociais, uma que se refere a patologia social , que o conflito está no contexto social e é próprio da dinâmica das relações sociais, já a outra, interpreta o conflito como problema, as sociedades são harmônicas e equilibradas, o conflito deveria ser eliminado ou reprimido, ele não tem espaço dentro do sistema social.
Segundo alguns, no atual momento, a globalização e o neo-liberalismo obrigam a um redimensionamento do conceito de violência, pois a violência contemporânea se renova nas questões subjetivas quanto em suas realidades históricas.
No recente caso do sinalizador que vitimou um jovem torcedor boliviano, a temática defendida pelos que confessam e professam sua fé no time de futebol, leva as circunstâncias de paixão, amor e ódio, às últimas consequencias e muitas das vezes a uma violência fragilizada pelo contexto social da cultura do conflito.

29 de novembro de 2012

Conflitos e desconflitos, uma bagunçaçao!

Alguns leitores estavam reclamando da minha ausência do Blog, mas, amigos, foi por uma boa causa. estive envolvido completamente nas edições do COGEST - Curso de Capacitação em Segurança de Grandes Eventos e Segurança Turística, depois fui a Republica Dominicana ministrar palestras aos policiais de lá sobre eventos e turismo e para finalizar, estou ministrando aulas de criminologia para o concurso da Policia Federal e mediação de conflitos para Guarda Municipal de Casimiro de Abreu.
Após essa breve explicação, começemos a pensar nas questões de conflito e suas origens as percepções, bem como, o fenômeno.
As teorias do conflito são objectivamente voltadas para o estudos das razões e pluralidades das dificuldades de se viver harmoniosamente em sociedade.
Segundo Skinner, existe uma obediência sobre o comportamento legal e o ilegal, uma obediência cega e outra consentida. Obviamente sabemos que a essas questões surgem fatos que são correlatos ao entendimento do homem.
Quando do pacto social, Rousseau defendia a existência da natureza de um contrato com clausulas bem definidas que se antagonizavam entre uma liberdade natural e uma liberdade convencional.
Ora, se existe um estado de natureza e todos vivem sobre a égide deste ordenamento, não devemos justificar ações conflituosas com justificativas defeituosas.

31 de agosto de 2012

De Quetelet a Mancha Criminal, afinal as estatísticas resolvem?

Estatísiticas - Parte I
Lendo o livro do Prof.  Roberto Lyra Filho, edição de 1965 para chegar a algumas conclusões, ele preconizava que as estatísticas criminais já naquela época eram chamadas por Euclides da Cunha de " serva infiel da sociologia" pois a estatísitca criminal não é um método, mas um simples instrumento do método, e completa, mesmo perfeitas, as estatísiticas não dariam a idéia aproximada dos mais imortantes desajustamentos sociais.
Os mecanismos profundos da sociedade não podem ser desvendados por elas (estatísiticas) as cifras em regra, resultam de declarações falsas, fantasiosas ou dos proprios interessados; segundo Lacassagne que interpretou o meio social como um caldo da cultura da criminalidade, sendo o micróbio o criminoso que tem importância quando o caldo faz fermentar....o aprisionamento da Política Criminal sobre a ótica da estatísitica, faz emergir um discurso sobre o remédio para a doença e não a cura da enfermidade, da mesma forma com as doenças físicas que produzem efeitos extremos, como o crime, é em função de causas e concausas sociais.

30 de agosto de 2012

Cesare Beccaria, a luz do dia!


"É melhor prevenir os crimes do que ter de puni-los; e todo legislador sábio deve procurar antes impedir o mal do que repará-lo, pois uma boa legislação não é senão a arte de proporcionar aos homens o maior bem estar possível e preservá-los de todos os sofrimentos que se lhes possam causar, segundo o cálculo dos bens e dos males da vida."  
 (Cesare Beccaria).

19 de julho de 2012

Teoria Geral do Sujeito Autopoiético de Cândido da Agra


A Teoria Geral do Sujeito Autopoiético é um modelo teórico que assume uma visão biopsicossociológica do comportamento criminal, tentando compreender os complexos e interactivos factores e processos biológicos, psicológicos, eco-sociais e sócio-culturais que estão em jogo (Manita, 1998).
O criminoso, como qualquer outro indivíduo, está inserido num determinado contexto e temporalidade, é detentor dum percurso e duma história de vida, ao longo dos quais vai construindo a sua “versão do real” e desenvolvendo uma forma de manifestação de si e de apreensão do mundo, onde as suas ações, incluindo as transgressivas, adquirem um sentido e uma lógica. 
 O sistema do sujeito é uma arquitectura de subsistemas complexos articulados entre si (personalidade, comportamento e significação) e organizados hierarquicamente.
O sistema de personalidade é composto por diferentes estratos inter-comunicantes, ordenados numa estrutura hierárquica dentro da qual estabelecem entre si relações funcionais e de interdependência mútua. São sete os subsistemas constitutivos do sistema de personalidade, ao longo dos quais se vai ascendendo em termos de complexidade e auto-organização.

10 de julho de 2012

ÉTICA EM SCHOPENHAUER.

A ética se constitui no tema central do livro, O Mundo como Vontade e Representação, logo de início esclarece que sua ética não vai conter nem preceitos nem uma doutrina dos deveres, menos ainda um fundamento da moral das virtudes ou uma proclamação do imperativo categórico e um código de leis morais, porque todos estes conceitos são contraditórios.
Sua doutrina ética busca encontrar, pela conduta moral, os caminhos de liberação da vontade de viver, submetida a eterno conflito e dor. O processo de vida moral se desenvolve, segundo Schopenhauer, em várias etapas ou formas de viver em escala ascendente.
O primeiro grau se desenvolve em um clima de injustiça e tende a organização de uma ordem exterior de justiça negativa entre os homens;
O segundo grau da conduta humana é já moral.   O Estado está muito longe de conseguir seu fim, pois as injustiças e a dor continuam dominando o mundo.  É preciso elevar-se aos valores morais de bem e mal;
Há por fim um terceiro grau superador e liberador desta moral da compaixão, que é o ascetismo.   Nasce quando esta superação do Princípio de Individuação se transforma em conhecimento imediato da identidade da vontade.

3 de julho de 2012

ROBERT MERTON , pensamento e reflexão da anomia


Em 1938, Robert K. Merton, sociólogo americano, escreveu um artigo famoso de apenas dez páginas, que teve o mérito de estabelecer os fundamentos de uma teoria geral da anomia. O artigo foi posteriormente revisto e transformado pelo autor em sua obra clássica Teoria e Estrutura Sociais.
Partindo de uma análise da sociedade americana, Merton sustentou que em toda sociedade existem metas culturais a serem alcançadas, entendendo-se como tais os valores sócio-culturais que norteiam a vida dos indivíduos. Para atingir essas metas existem os meios, que são os recursos institucionalizados pela sociedade, aos quais aderem normas de comportamento. De um lado, metas sócio-culturais, de outro, meios socialmente prescritos para atingi-las.
Ocorre, no entanto, que os meios existentes não são suficientes nem estão ao alcance de todos, acarretando, assim, um desequilíbrio entre os meios e os objetivos a serem atingidos. Isso quer dizer que, enquanto todos são insistentemente estimulados a alcançar as metas sociais, na realidade apenas alguns poucos conseguem por ter ao seu dispor os meios institucionalizados.
Merton ilustra isso tomando como exemplo a meta mais importante da sociedade americana, sendo o sucesso na vida, nisto incluindo fortuna, poder, prestígio e popularidade. Mas quantos realmente têm condições para atingir essa meta? Apesar de fundada em objetivo da vida de todos, muito poucos podem alcançá-la em face da escassez dos meios institucionalizados, concentrados nas mãos de pequena parcela da sociedade. Disso resulta um desajustamento, um descompasso entre os fins sugeridos a todos e insistentemente estimulados, e os recursos oferecidos pela sociedade para alcançar aqueles objetivos.
Esse desequilíbrio entre os meios e as metas ocasionaria o comportamento de desvio individual (ou em grupo), pois o indivíduo no empenho de alcançar as metas que lhe foram sugeridas e não dispondo de meios para tal, buscaria outros meios, mesmo que contrários aos interesses sociais.

26 de junho de 2012

O Ensino da Criminologia, a desconstrução de um estigma - Parte I

O ensino da criminologia deve assumir nos próximos anos um lugar de destaque no cenário nacional inclusive nos concursos públicos em todo Brasil como já acontece em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
O viés criminológico, indica que o caráter interdisciplinar está num claro estreitamento com a prática criminológica conectada com a fundamental aplicação da investigação. Como não há uma preparação universitária " criminológica ", pois os institutos Penais e processuais são de longe a grande mola mestra do Direito, neste momento existe uma retomada do ensino e da integração entre os sistemas criminais, que por conseguinte, é significativo que o ensino da criminologia busca outras questões e razões para o momento exarcebado do conflito, de modo que, se considerarmos que a criminologia tem numerosas aplicações práticas, não deve ser esquecido que o ensino teórico e a prática criminológica devem estar estreitamente relacionados.
O ensino da criminologia e da penologia aspira o conhecimento dos fatores criminógenos e todas as formas de criminalidae adulta e juvenil. A etiologia do comportamento criminal e a avaliação dos efeitos da penitenciaria, a reabilitação, o processo e o sistema correcional no Brasil e no estrangeiro, serão os principais objetivos que o aluno/estudioso devem alcançar.
Em alguns países desenvolvidos têm sido realizadas pesquisas para a avaliação real do sistema de justiça penal, ao mesmo tempo que a Moderna Criminologia, abandona o criminoso como ponto fundamental das causas da criminalidade, procurando verificar problemas sociais, a repercussão do crime na sociedade e algumas formas não ortodoxas de comportamentos anti-sociais que não estão ligados diretamente a questão da pobreza, desemprego, etc.

19 de junho de 2012

Concurso para Delegado da Polícia Federal, problematizar o positivismo?

O Concurso para Delegado da Polícia Federal deste ano inovou, com a entrada da disciplina de criminologia no certame do seleto grupo do Direito Penal, Processual, Administrativo,Constitucional e etc, forçosamente, muitos candidatos terão sérias dificuldades em problematizar as questões criminológicas.
O Direito Penal é aquela parte do ordenamento jurídico que determina as características da ação delituosa e impõe penas e medidas de segurança; para Welzel, a missão do Direito penal é proteger os valores elementais da vida em comunidade, tendo a tônica fundamental na sua conceituação, o sentido, a missão e a função ético-social. O crime, na sua definição jurídica é todo ato humano contrário à Lei penal, dentro da clássica definição de Carrara.
A noção criminológica de crime é estudar cientificamente o fenômeno criminal, mostrando a existência do conflito entre as concepções individualistas de vida e as concepções coletivas impostas, numa antecipação sobre o deviance, anomia e etiquetagem.
Enrico Ferri que foi um profeta criminal, chega a dizer que a Sociologia Criminal se propunha ao estudo completo do crime, não como abstração jurídica, mas como ação humana, como fato e ato natural.
Nesta concepção profilática-criminal, o estudo da criminologia vai ganhando aos poucos contornos antes inimagináveis, visto que, como enfatiza M. Laignel-Lavastine do classico Préci de Criminologie, " Os juízes apenas conhecem os fatos e não os homens que julgam".

17 de junho de 2012

O PENSAMENTO DE DURKHEIM SOBRE A ANOMIA - II


Em seu famoso livro – A Divisão do Trabalho Social – Durkheim que foi o primeiro a usar a palavra "anomia" numa tentativa de explicação de certos fenômenos sociais, assim desenvolveu seu pensamento.
A sociedade moderna, para poder atingir os seus fins, inclusive de produção e sobrevivência, precisa organizar-se; organização impõe divisão de trabalho ou tarefas; a divisão de tarefas produz especialização;
a especialização ocasiona isolamento dentro do grupo, motivando, por sua vez, um enfraquecimento do espírito de solidariedade do grupo global; o enfraquecimento desse espírito de solidariedade acarreta uma influência dissolvente e, por via de conseqüência, o comportamento de desvio.
Para o eminente sociólogo francês, portanto, desde que a divisão do trabalho social supera um grau de desenvolvimento, o individuo, debruçado sobre suas tarefas, isola-se em sua atividade especial, não mais sentindo a presença dos colaboradores que trabalhavam a seu lado na mesma obra, perdendo mesmo, a partir de um certo ponto, a idéia dessa obra comum. Durkheim invocou as palavras de Comte no sentido de que as separações das funções sociais tendem espontaneamente, ao lado de um desenvolvimento favorável do espírito de minúcia, a abafar o espírito de conjunto, ou pelo menos a entravar seriamente o seu desenvolvimento.
O pensamento de Durkheim, embora criticado por alguns, não deixa de possuir certa razão, principalmente no que diz respeito às sociedades superdesenvolvidas e por isso mesmo superorganizadas. Nessas sociedades é visível que, ao lado das inegáveis vantagens que a divisão do trabalho representa como recurso imposto pela própria complexidade crescente da vida social, tal divisão transforma-se numa fonte de desintegração ao provocar as especializações dos indivíduos.
Especialista, como disse alguém, é aquele que sabe cada vez mais de cada vez menos. À medida que o individuo aprofunda os seus conhecimentos, diminui-lhe a extensão ou amplitude e isso se tornou uma necessidade, uma exigência, em face da vastidão do saber moderno.
Foi-se o tempo em que era possível saber de tudo, como os sábios da Grécia. Hoje o saber humano é dividido em várias áreas ou ciências, e em cada ciência há inúmeras especialidades. O mesmo ocorre com a atividade humana. Há diversas e diferentes profissões e em cada profissão inúmeras especializações.
Não há  mais lugar em nossos dias, profissionalmente falando, para o individuo que é "pau para toda obra", que "toca sete instrumentos" etc. É preciso cada vez mais, como uma contingência social, saber muito bem fazer determinada coisa, para se poder competir no mercado de trabalho.
A especialização, entretanto, forçoso é reconhecer, limita a visão social do individuo, fazendo-o perder a visão global ou de conjunto da atividade social. Com essa perda de visão da obra comum e do seu sentido, ocorre também o enfraquecimento do sentimento de solidariedade grupal. O indivíduo se isola dentro do grupo, e se junta a outros indivíduos de sua especialidade formando grupos menores, às vezes até com interesses rivais aos interesses do grupo geral.
Isso é  facilmente constatado nas sociedades superdesenvolvidas dos nossos dias. Pessoas que vão do Brasil, em visita ou a trabalho, a certos países da Europa ou mesmo aos Estados Unidos, queixam-se da frieza, da falta de solidariedade e calor humano que lá sentiram.
Até mesmo entre nós isso pode ser constatado, comparando-se a vida do interior com a de uma grande cidade. Numa cidadezinha do interior, todo mundo conhece e sabe de todo mundo. Todos se preocupam com todos e estão prontos para se auxiliarem mutuamente. Há calor humano, espírito de solidariedade etc., ao passo que numa grande cidade ninguém sabe de ninguém, e cada qual corre atrás de seus próprios interesses. Somos capazes de morar muitos anos em um mesmo prédio e não conhecermos o vizinho que mora ao lado ou de cima. Pior ainda é que fazemos até questão de não saber quem é.
Se a tese de Durkheim apresenta muitos pontos verdadeiros no que diz respeito às sociedades superdesenvolvidas, não é verdade no que se refere às sociedades subdesenvolvidas, onde se observa que o maior índice de desvio, principalmente no que concerne à criminalidade, verifica-se justamente entre os menos especializados ou mesmo sem nenhuma especialização; por esta razão a tese foi contestada e deixada de lado por muitos, em face da máxima de Robert King Merton.

15 de junho de 2012

Brigas na Euro já fizeram 3 mortos e 314 feridos

Notícias do front!
Após a morte de um torcedor espanhol nas proximidades de Donetsk, na Ucrânia, dois torcedores poloneses morreram em um confronto contra os croatas na cidade de Poznan, na Polônia, palco do confronto entre Croácia e Irlanda pela Euro 2012.
As mortes não são um evento isolado de violência na Eurocopa. Apenas contra os torcedores russos, já foram registradas 16 queixas na polícia de incidentes de violência, com um total de 314 pessoas feridas.
Além da violência, os russos foram acusados de fazer insultos racistas contra o lateral tcheco Theodor Gebre Selassie no jogo entre as duas equipes na sexta-feira. A federação russa já foi notificada e fez um apelo aos torcedores para que não haja mais episódios tanto de racismo quanto de violência.

25 de maio de 2012

Friedrich Nietzsche, e sua Teoria do Estado


Friedrich Nietzsche, ao realizar uma reflexão acerca da democracia e de seus elementos essenciais, toma uma posição claramente contrária a ela, ao constatar que em todas as ideologias democráticas há algo que detesta: a supervalorização da igualdade. Em O Estado entre os Gregos, Nietzsche repudia esta valorização da igualdade retomando os gregos que, a seu ver, eram políticos por natureza. Parte-se do pressuposto de que, na era moderna, não são os poetas e os grandes homens que produzem as representações do mundo e da vida, mas sim os escravos rudes e grosseiros, malfadados à sua eterna condição. Ou seja, a doutrina da igualdade é uma doutrina que vem de baixo, é algo do povo inferior, e não dos aristocratas no sentido aristotélico e nobre do termo.
Segundo Nietzsche, todas as ideologias democráticas (inclusive socialistas, liberais, etc) têm um ponto em comum: a sua base é fundada no cristianismo, na medida em que, sendo humanistas, pregam a igualdade dos homens. Enquanto o cristianismo ressalta que todos são iguais perante Deus, os modernos somente substituem Deus pelo Estado. Permanece, então, o sentimento de igualdade que se originou no cristianismo e se irradiou por todas as doutrinas democráticas. 
Como vimos, para Nietzsche, a democracia é um movimento irreversível dentro da Europa que se apresenta em diferentes versões. A noção de democracia abrange, deste modo, o aspecto sociológico, político, histórico e cultural.
Neste seio democrático, é impossível não lidar com as massas para efeitos de preenchimento de funções políticas. Os partidos políticos, assim, tentam cooptar e convencer as massas, no intuito de obter os seus votos. O preenchimento das funções políticas passa pela consulta às massas, e isso terá fortes conseqüências. Na medida em que precisam dos votos, os partidos devem aparentar capazes de trazer o bem-estar, cujo conteúdo é ditado pelo povo. Logo, os políticos, para serem eleitos, devem absorver o que a massa define sobre bem-estar, se identificando com os ideais do populacho. Em conseqüência disto, o ter de lidar com as massas vai confundindo cada vez mais governantes e os governados
O povo passa, então, a ser a fonte de legitimação do poder político porque, para ser adorado, o líder deve se identificar com o povo, realizando o que Nietzsche chama de pequena política. Mais propriamente, a cultura encontra-se em perigo pois os valores são ditados pela massa, que é essencialmente medíocre. Nietzsche vai mais além em sua crítica ao dizer que, se é preciso preservar os valores mais elevados da cultura, deve-se sair da política, já que esta se tornou uma coisa de medíocres. O próprio sufrágio universal não é um direito, mas sim uma concessão, porque não foi conquistado tal qual o movimento democrático narra.

23 de maio de 2012

Chicago é a terra de onde vem o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, ou terra de All Capone?

http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-especial/videos/t/todos-os-videos/v/globo-news-especial-mostra-as-belezas-de-chicago-terra-de-barack-obama/1956095/


Tiroteios em feriado prolongado matam ao menos 10 em Chicago

CHICAGO, 29 Mai (Reuters) - Pelo menos 10 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas por causa de tiroteios ocorridos em Chicago durante o feriado prolongado do "Memorial Day", disse a polícia local na terça-feira.

As mortes registradas durante 96 horas pioram as estatísticas de um ano já bastante violento na terceira maior cidade dos EUA. Até 13 de maio, haviam sido registrados 185 homicídios em Chicago, contra 116 no mesmo período do ano anterior. A taxa de homicídios já alcança o dobro da de Nova York, que tem o dobro da população.

Entre as vítimas do fim de semana prolongado estão uma menina de 7 anos ferida na tarde de sábado quando brincava na frente da sua casa, na zona sul, e um menino de 13 anos assassinado na madrugada de terça-feira numa pizzaria da zona norte.

O prefeito Rahm Emanuel foi eleito no ano passado com a promessa de reduzir a criminalidade em Chicago. Vários tipos de crimes tiveram redução, mas os homicídios cresceram mais de 50 por cento, segundo dados da polícia.

(Por James B. Kelleher)

25 de abril de 2012

Hooligans e Hooliganismo ainda existem?


















Nos últimos dias, estamos ouvindo palestras muito interessantes e profundas sobre o fenomeno das torcidas organizadas na Europa, em especial na Inglaterra e Itália.
Proferi na Mesa de Abertura no II Seminário Internacional de Hooliganismo o tema: " Desafios, contrastes e estratégias da Segurança nos eventos"
Minha abordagem apesar do pouco tempo 20' minutos no máximo, foi contextualizar a platéia sobre o enfoque das circunstâncias em que a Segurança de um modo geral atua ou deveria atuar na confrontação dos eventos de comportamentos desviantes ou criminosos por uma parcela de torcedores.
A análise se deu sob alguns aspectos que envolvam principalmente o conhecimento humano, uma vez que, ninguem nasce Hooligan e sobre as perspectivas do controle social policial.A participação de Paul Dietschy (SCIENCE PO - Paris) José Paulo Florenzano (PUC/SP),  Anastassia Tsoukala (Universidade de Paris V)
e Marcos Alvito (UFF), tornaram seminário um dos mais importantes dos últimos anos sobre a temática da violência nos estádios, uma vez que, nós brasileiros estaremos recepcionando vários torcedores do mundo em 2014.



23 de abril de 2012

Juristas versus Criminólogos! Onde se esconderam?

Parece que os juristas sempre ganham as batalhas contras os criminólogos, mais uma vez teremos PENAS mais duras, mais severas e menos atenção ao fenômeno criminal.
A pergunta é: Onde será a prisão de tantos? como cuidarão para que esses presos se reintegrem a sociedade? Quem os prenderá? Quem os julgara? São perguntas que a curto e médio prazo não tem resposta, somente o tempo dirá, e como dizia o Cazuza, o tempo não pára!
A comissão de juristas que prepara anteprojeto da reforma do Código Penal no Senado aprovou nesta segunda-feira (23) a criminalização do enriquecimento ilícito.
Significa que devem responder na Justiça os servidores, juízes ou políticos, por exemplo, que não puderem comprovar a origem de valores ou bens, sejam eles móveis ou imóveis. A previsão de pena varia de 1 a 5 anos. Além disso, o bem deverá ser confiscado.Comissão de juristas decide criar crime de 'organização criminosa' ,Comissão amplia provas que atestem embriaguez ao volante,Comissão no Senado quer criminalizar exploração de jogos ilegais, Comissão do Senado aprova criação do crime de terrorismo
Para o relator da reforma, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, trata-se de 'um momento histórico na luta contra a corrupção no Brasil'.
"Criminalizamos a conduta do funcionário público que enriquece sem que saiba como. Aquele que entra pobre e sai rico", afirmou. Segundo Gonçalves, não há qualquer previsão desta natureza hoje no Código.
"O país está descumprindo tratados internacionais contra corrupção, que determinam a criminalização. Estamos levando essa proposta para o Senado e os representantes do povo vão discuti-la", completou.
O texto prevê ainda que a punição seja aumentada em metade ou dois terços caso a propriedade ou posse seja atribuída a terceiros. Caso se prove também o crime que deu origem ao enriquecimento, como corrupção ou sonegação, por exemplo, o réu deixa de responder por enriquecimento ilícito e passa a responder pelo outro crime, que, em geral, tem a pena mais alta. A pena para quem participar da organização criminosa, segundo a proposta, seria de 3 a 10 anos de prisão. Atualmente, o crime de formação de quadrilha é penalizado com 1 a 3 anos de prisão, tempo que é dobrado caso o grupo seja armado. 
Fonte: Jornal A Folha de São Paulo 23/04/12

17 de abril de 2012

1º Seminário de Segurança Pública da Guarda Municipal de Duque de Caxias

Ontem, sexta-feira dia 20 de Abril, ministrei palestra no 1º Seminário de Segurança Pública da Guarda Municipal de Duque de Caxias em comemoração aos 64 anos da Instituição, sobre o tema, " Mediação e Conflitos, desafios e novos paradigmas"
Começei a descrever as relações do homem nas relações sociais, sob a ótica das Virtudes; em seguida, mencionei a Temperança que é parte íntima da virtude; e para finalizar, falei sobre o discernimento, inteligência e a sabedoria prática, numa visão contemporânea das ações de Segurança.O Seminário contou com a participação de várias outras Guardas Municipais incluindo, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Barra Mansa, etc.