A ética se constitui no tema central do livro, O Mundo como Vontade e Representação, logo de início esclarece que sua ética não vai
conter nem preceitos nem uma doutrina dos deveres, menos ainda um fundamento da
moral das virtudes ou uma proclamação do imperativo categórico e um código de
leis morais, porque todos estes conceitos são contraditórios.
Sua doutrina ética busca encontrar, pela conduta moral, os
caminhos de liberação da vontade de viver, submetida a eterno conflito e dor. O processo de vida moral se desenvolve, segundo
Schopenhauer, em várias etapas ou formas de viver em escala ascendente.
O primeiro grau se desenvolve em um clima de injustiça e tende a organização de
uma ordem exterior de justiça negativa entre os homens;
O segundo grau da conduta humana é já
moral. O Estado está muito longe de
conseguir seu fim, pois as injustiças e a dor continuam dominando o mundo. É preciso elevar-se aos valores morais de
bem e mal;
Há por fim um terceiro grau superador e
liberador desta moral da compaixão, que é o ascetismo. Nasce quando
esta superação do Princípio de Individuação se transforma em conhecimento
imediato da identidade da vontade.
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