A Teoria Geral do Sujeito Autopoiético é um modelo teórico que
assume uma visão biopsicossociológica do comportamento criminal, tentando
compreender os complexos e interactivos factores e processos biológicos,
psicológicos, eco-sociais e sócio-culturais que estão em jogo (Manita, 1998).
O criminoso, como qualquer outro indivíduo, está inserido
num determinado contexto e temporalidade, é detentor dum percurso e duma
história de vida, ao longo dos quais vai construindo a sua “versão do real” e
desenvolvendo uma forma de manifestação de si e de apreensão do mundo, onde as
suas ações, incluindo as transgressivas, adquirem um sentido e uma lógica.
O sistema do sujeito é uma arquitectura de subsistemas complexos
articulados entre si (personalidade, comportamento e significação) e
organizados hierarquicamente.
O sistema de personalidade é composto por diferentes
estratos inter-comunicantes, ordenados numa estrutura hierárquica dentro da
qual estabelecem entre si relações funcionais e de interdependência mútua. São
sete os subsistemas constitutivos do sistema de personalidade, ao longo dos
quais se vai ascendendo em termos de complexidade e auto-organização.
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