O governo argentino acusou formalmente nesta terça-feira os diretores dos dois principais grupos de imprensa do país, Clarín e La Nación, por crimes contra a humanidade envolvendo a compra da Papel Prensa durante a ditadura militar, informou a Secretaria de Direitos Humanos. A presidente Cristina Kirchner acusa os grupos Clarín e La Nación de assumir o controle da Papel Prensa em conluio com a ditadura militar, em uma operação realizada em 1976.
Segundo o governo, a "aquisição fraudulenta" se fez por uma variedade de crimes contra a humanidade cometidos contra o grupo Graiver, liderado pelo empresário David Graiver, morto em um estranho acidente aéreo em 1976.
Na ocasião, a ditadura militar acusava o grupo Graiver, controlador da Papel Prensa, de ter vínculos com o movimento armado peronista Montoneros.
No início de setembro, a Justiça argentina suspendeu a intervenção na Papel Prensa, que vigorava desde março passado a pedido do governo.
A presidente Cristina Kirchner já apresentou ao Congresso um projeto que declara de "interesse público" a produção e distribuição de papel para jornais na Argentina.
Fonte: Folha on line
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