26 de setembro de 2010

Ameaça terrorista cresce dentro dos EUA, diz governo

Autoridades do setor de segurança do governo dos Estados Unidos afirmaram que a ameaça da Al-Qaeda e grupos associados à organização está mais complexa e se infiltrando entre os moradores do país."Grupos associados à Al-Qaeda estão transformando os Estados Unidos em alvo e tentando usar americanos ou ocidentais que não são detectados por medidas de segurança mais severas", disse o diretor do FBI, Robert Mueller, ao Comitê de Segurança Interna e Negócios Governamentais do Senado americano.
A secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, afirmou que os Estados Unidos agora tem uma "atividade mais diversificada" de "uma série diversa de grupos", acrescentando que a Al-Qaeda inspirou várias organizações terroristas.
"Também estamos observando mais diversidade em termos táticos. Eventos recentes e informações secretas mostram uma tendência na direção (...) de planos menores, que se desenrolam mais rapidamente, do que planos maiores, de longo prazo como o 11 de setembro", disse.
"Estes planos podem incluir o uso de dispositivos explosivos improvisados ou equipes que usam armas pequenas e explosivos. Ambas as formas de ataque que foram usadas em outros países. Os resultados desta mudança de tática são menos oportunidades de detectar e interromper planos", afirmou Napolitano.

De acordo com o Centro Nacional Antiterrorismo, os planos traçados dentro dos Estados Unidos estão em seu nível mais alto desde os ataques de 11 de setembro de 2001.
Pelo menos 63 cidadãos americanos foram acusados ou condenados por atos de terrorismo ou crimes relacionados desde 2009.
Segundo o correspondente da BBC em Washington Iain Mackenzie, o comitê do Senado americano ouviu sobre exemplos de planos para o uso de americanos ou ocidentais em planos de ataque, incluindo o suposto recrutamento de vários jovens do Estado americano de Minnesota pela Al-Qaeda.
O diretor do Centro Nacional Antiterrorismo, Michael Leiter, foi questionado pelo comitê sobre as possíveis razões desta mudança nos planos de ataque e afirmou que a Al-Qaeda no Paquistão enfrenta um de seus períodos de maior fraqueza, em termos organizacionais, e está sendo obrigada a se concentrar no recrutamento fora do país.

Fonte: BBC Brasil

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