11 de março de 2012

O que o Direito Penal não explica, a CRIMINOLOGIA vai a frente! Parte 2

No âmbito metodológico, após o aparecimento da Teoria Ecológica (Escola de Chicago) não existe qualquer política criminal que não esteja subsumida aos princípios norteadores e principalmente aos estudos empíricos da criminalidade na cidade.
A Criminologia passa a ser o ponto focal da intervenção do Estado nas questões da violência e cidadania, ou seja, a intervenção macrossociológica na sociedade, com a priorização de métodos de pesquisa que propiciem conhecer a realidade de uma cidade, bairro ou até mesmo uma determinada comunidade.
Com o estabelecimento desta intervenção social é possível identificar quais os pontos que devem ser atacados e quais são as prioridades efetivas daquela comunidade, sem esquecer é claro, da percepção dos fatores condicionantes e psicológicos daqueles que vivem aquela situação social.
A sociedade pode e deve interferir nas escolhas de seus rumos, é bem verdade que como mesmo protagoniza a escola, suas escolhas devem estar pautadas na reconstrução da solidariedade da comunidade.
A escola de Chicago criou um modelo estatístico de se pensar criminalidade, coexistindo dados policiais com dados judiciais vinculados ao delito, resultando na observação participante das áreas menos favorecidas e degradantes da cidade. Além disso, pavimentou uma estrada para o início de Teorias posteriores como a da subcultura delinquente introduzindo mais um componente nas relações de entendimento da desviação comportamental.
Os críticos da teoria em primeira análise combatiam que, viver numa área desorganizada e degradada seria fator preponderante para criação de substratos violentos e a criação de pessoas em conformidade com a realidade social, correlacionando pobreza com criminalidade e áreas nobres com não criminalidade; pessoas em áreas normais ou não degradadas não seriam capazes de cometer crimes a contrário senso de outras áreas.
A conclusão inicial é que os parâmetros de se relacionar e entender os fatores criminais são em primeira análise a utilização de métodos multivariados que investigam uma série de variáveis independentes aplicando-se a análise fatorial para examinar as correlações possíveis e determinantes.


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