No âmbito metodológico, após o aparecimento da
Teoria Ecológica (Escola de Chicago) não existe qualquer política criminal que
não esteja subsumida aos princípios norteadores e principalmente aos estudos
empíricos da criminalidade na cidade.
A Criminologia passa a ser o ponto focal da
intervenção do Estado nas questões da violência e cidadania, ou seja, a
intervenção macrossociológica na sociedade, com a priorização de métodos de
pesquisa que propiciem conhecer a realidade de uma cidade, bairro ou até mesmo
uma determinada comunidade.
Com o estabelecimento desta intervenção social é
possível identificar quais os pontos que devem ser atacados e quais são as
prioridades efetivas daquela comunidade, sem esquecer é claro, da percepção dos
fatores condicionantes e psicológicos daqueles que vivem aquela situação
social.
A sociedade pode e deve interferir nas escolhas
de seus rumos, é bem verdade que como mesmo protagoniza a escola, suas escolhas
devem estar pautadas na reconstrução da solidariedade da comunidade.
A escola de Chicago criou um modelo estatístico
de se pensar criminalidade, coexistindo dados policiais com dados judiciais
vinculados ao delito, resultando na observação participante das áreas menos
favorecidas e degradantes da cidade. Além disso, pavimentou uma estrada para o
início de Teorias posteriores como a da subcultura delinquente introduzindo
mais um componente nas relações de entendimento da desviação
comportamental.
Os críticos da teoria em primeira análise
combatiam que, viver numa área desorganizada e degradada seria fator
preponderante para criação de substratos violentos e a criação de pessoas em
conformidade com a realidade social, correlacionando pobreza com criminalidade
e áreas nobres com não criminalidade; pessoas em áreas normais ou não
degradadas não seriam capazes de cometer crimes a contrário senso de outras
áreas.
A conclusão inicial é que os parâmetros de se
relacionar e entender os fatores criminais são em primeira análise a utilização
de métodos multivariados que investigam uma série de variáveis independentes
aplicando-se a análise fatorial para examinar as correlações possíveis e
determinantes.
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