A Criminologia Interacionista ou Labeling Approach tem
por meta considerar que as questões centrais da teoria e da prática
criminológicas não devem se voltar ao crime e ao delinqüente, mas, particularmente,
ao sistema de controle adotado pelo Estado no campo preventivo, no campo
normativo e na seleção dos meios de reação à criminalidade. No lugar de se
indagar os motivos pelos quais as pessoas se tornam criminosas, deve-se buscar
explicações sobre os motivos pelos quais determinadas pessoas são
estigmatizadas como delinqüentes, qual a fonte da legitimidade e as
conseqüências da punição imposta a essas pessoas. São os critérios ou
mecanismos de seleção das instâncias de controle que importam, e não dar
primazia aos motivos da delinqüência. HANS BECKER, Sociólogo norte-americano, é
considerado o fundador do interacionismo criminológico.
A Criminologia da Etnometodologia prega a
precisão do exame da intersubjetividade do cotidiano para penetrar nas regras,
atitudes, linguagem, significados e expectativas assumidos pelo homem no
universo social. A etnometodologia da delinqüência confere, então, enorme
relevo ao conhecimento sociológico do comportamento desviante, daí por que o
crime é visto como uma construção social, devendo ser bem interpretado pelas
agências ou organizações de controle (Legislador, Polícia, Ministério Público,
Juízes e Órgãos de Execução Penal) para satisfazer as exigências suscitadas
pela comunhão social. A repercussão da delinqüência juvenil é o exemplo típico
de preocupação dessa tendência criminológica. H. GARFINKEL, Professor da
Universidade da Califórnia, nos Estudos Unidos, é o pai do pensamento
Etnometodológico. Situam-se também, na mesma linha dos postulados metodológicos
da Etnometodologia Criminal, os seus seguidores N. DENZIN, J. DOUGLAS e A.
CICOUREL.
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