Pelo menos 39 pessoas morreram em ataques atribuídos a quadrilhas de traficantes de drogas em duas cidades mexicanas entre quinta e sexta-feira, informaram autoridades policiais do país.
Na cidade de Chihuahua, no norte do México, 19 pessoas foram mortas e pelo menos quatro ficaram feridas na noite de quinta-feira, durante um ataque a um centro de reabilitação para dependentes de drogas.
Outras 20 pessoas foram mortas por homens armados em uma série de ataques entre quinta e sexta-feira em Ciudad Madero, no Estado de Tamaulipas, também no norte do país.
As duas cidades têm sido palco de guerras territoriais entre quadrilhas que disputam o controle de lucrativas rotas de tráfico.
Reabilitação
De acordo com Fidel Banuelos, porta-voz da polícia de Chihuahua, os responsáveis pelo ataque ao centro de reabilitação deixaram mensagens acusando as vítimas de serem criminosos.
Os autores do ataque – 30 homens armados, conforme relato de um policial ouvido pela agência de notícias AFP – fizeram-se passar por agentes da Polícia Federal para entrar no local, a clínica Templo Cristão Fé e Vida.
Segundo informações da Procuradoria de Justiça, as vítimas foram levadas para fora do prédio, alinhadas contra uma parede e então fuziladas.
Ataques a centros de tratamento para dependentes são frequentes no México, mas é a primeira vez que um crime assim ocorre na capital de um Estado.
Analistas atribuem a autoria dos crimes a traficantes, que acusam os centros de recuperação de proteger integrantes de gangues rivais.
Já em Ciudad Madero foram registrados tiroteios e assassinatos envolvendo várias pessoas, em uma onda de violência que teve início na quinta-feira e só terminou na sexta, de acordo com as autoridades.
Após o fim dos confrontos, a polícia afirmou ter encontrado os corpos de 18 homens e duas mulheres, todos mortos a tiros.
De acordo com analistas, o Estado de Tamaulipas é palco de uma sangrenta disputa entre membros do cartel do Golfo e seus antigos aliados, Los Zetas, um grupo criminoso que seria formado por ex-militares.
Fonte: BBC Brasil
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