15 de abril de 2009

A Culpa é do outro....

A Culpa é sempre do outro....nunca somos culpados. Recentemente li um artigo do Zuenir Ventura ,no Jornal O Globo, sobre esse tema, pois nós nunca somos culpados, sempre achamos culpa em outro, em algo, em outros ....e assim por diante. Todo mundo em tese é contra a desordem urbana, mas, anda de bicicleta na contra-mão, ignorando as regras do Código Brasileiro de Trânsito, carros avançando o sinal, desde que não seja em área de risco pode! cachorro fazendo cocô na calçada, gente urinando nas ruas e por aí vai..uma bangunça generalizada. Isso sem falar na desobediência às Leis impostas e estabelecidas; em tese, é mal do carioca ou é do brasileiro? será que nós cariocas roubamos a cena quando assunto é falta de regras . A Tese de que forças sociais exercem poder sobre o homem, sobre seu livre-arbítrio, forças que se estabelecem fora de seu controle e que tem raízes na sociedade afetam a psique deste indivíduo que não tem auto-controle nas suas próprias reações, pois basta sermos contrariados em nossos delitos e pecados para resistirmos e enfrentarmos a ética legal. Existe uma miséria moral , ética e religiosa, onde estão às regras? onde elas se esconderam?qual a parcela de culpa de cada um de nós nessa história? quem poderá resistir aos apelos da Lei e quem irá cumpri-la? Nós os culpados, somos parte integrante desse sistema de normas que se estabelecem antes de tudo no nosso interior e depois florescem no nosso exterior, pois precisamos e devemos viver em harmonia com a sociedade, respeitando os limites impostos pela norma social. Viver e não ter a vergonha de ser feliz...cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Como se não bastasse, temos a exata noção dos limites , porém teimamos em renunciá-los e sempre esperamos que alguém se disponha a tal, esperamos que o outro faça a parte que lhe cabe, e nós ? quando executaremos o que nos cabe? qual parcela de culpa nós deveríamos ter e podemos de certa forma começar pela nossa casa, nossa vizinhança , nosso bairro , nossa cidade , contagiando pessoas e fazendo se contagiar pelo modo de vida correto e leal, sem jeito e subterfúgios fingindo que às vezes cumpre a lei, ora se esquece por motivo de egoísmo ou ora se esquece por concupiscência , ou melhor, por desejo de errar. Seria isso previsível ou essência da nossa natureza?

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