5 de maio de 2010

CSI, agora no Brasil no DPF

A Polícia Federal se equipou com 36 caminhonetes Mitsubishi L200 customizadas para a atividade pericial em todo o País. Com o novo aparato, a PF brasileira traz para o dia a dia um pouco mais da ficção, vista por exemplo, no seriado americano de grande sucesso Crime Scene Investigation (CSI). O equipamento agilizará o processo e contribuirá para a proteção das provas colhidas no local da ocorrência. O veículo foi apresentado aos peritos gaúchos nesta sexta-feira. "O que ocorre no seriado é verdade. O que não é verdade é a rapidez com que tudo é feito. Aí entra a ficção. Esses nossos equipamentos são os tops", afirmou o perito criminal federal Bernardo Chiodelli, explicando que apesar de o novo aparato ainda não ser suficiente para deixar as perícias brasileiras na mesma velocidade do que é mostrado no seriado CSI, agilizará muitas etapas do processo e dará mais subsídios à investigação. Para facilitar perícias à noite, a caminhonete tem conversor/alimentador de energia de 110 volts, que funciona com o motor ligado e três tomadas 12 volts. Com isso, será possível ligar até três refletores de iluminação. Antes, refletores pequenos eram ligados nos isqueiros dos veículos. Um guincho frontal também estará à disposição dos peritos. Ele funciona com controle remoto e manualmente. Uma entrada de ar, tipo snorkel, na lateral da caminhonete, possibilita que o veículo trafegue por áreas alagadas com cerca de um metro de profundidade. Dentre as novidades do modelo adquirido pela Polícia Federal, está a plataforma retrátil de acionamento elétrico na traseira da caminhonete, que leva o compartimento para fora do veículo, evitando que o perito forceje durante o trabalho. A empresa Carbe, a mesma que fez os veículos anti-bomba para os Jogos Pan-Americanos de 2007, utilizou alumínio extrudado aparafusado de tecnologia alemã para desenvolver o projeto em conjunto com peritos da PF. A estrutura tem capacidade para 60 kg na parte superior e de 250 kg na parte inferior. Se os peritos precisarem ficar apenas com um nível, a estrutura pode ser adaptada. Nesse espaço, tem lugar ainda para a estação total, um equipamento que mede ângulos e distâncias e armazena os dados. Com essas informações captadas, o perito poderá fazer um croqui do local do crime com as respectivas distâncias. Uma aplicação prática poderá ser em um assalto a banco com tiroteio e feridos. "Com essas informações, dá para determinar a trajetória do disparo", afirmou Chiodelli. A caminhonete tem equipamentos e produtos para a coleta de vestígios biológicos para serem utilizados em exames de DNA, uma sonda paramétrica para a verificação dos níveis de poluição e contaminação da água, medição topográfica e material de fotografia e filmagem para registro dos locais de crime. "Agora vamos poder transportar todo o equipamento relacionado ao local do crime - tudo o que o perito vai precisar no trabalho de campo. Antes tínhamos de fazer uma avaliação estimativa do que poderíamos ter de usar e fazer a escolha do que levar", disse o perito criminal federal Carlos André Xavier Villela, chefe do Setor Técnico Científico da Polícia Federal. De acordo com o superintendente da PF do Rio Grande do Sul, Ildo Gasparetto, a nova estrutura propiciará aos peritos recolherem "provas robustas para embasar condenações com 100% de credibilidade".
Fonte: Site Terra

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