18 de fevereiro de 2009

Vítima, Vitimada ou Vitimologia?

PAULA OLIVEIRA...O CASO
O que aconteceu realmente com a brasileira Paula Oliveira na Suiça? Quais as circunstâncias de tanto mistério? Acompanhando o noticário desde que a notícia foi divulgada , muitas coisas e contradições vieram a tona. A Polícia de Zurique. " Uma semana de internação no hospital Universitário de Zurique. Sete dias desde o incidente que estarreceu brasileiros e suíços. Primeiro pelas imagens do corpo da bacharel em direito Paula Oliveira, de 26 anos, supostamente agredida por neo-nazistas perto de uma estação ferroviária - o que teria levado a pernambucana a abortar as gêmeas que estaria esperando. Depois, pela versão da polícia suíça, que suspeita que a brasileira tenha cometido autoflagelo e que nega que a moça estivesse grávida no dia dos fatos". Fonte ( site G1) " A polícia da Suíça não descarta a hipótese de a brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, ter praticado automutilação. Ela diz que teria abortado após ter sido atacada por neonazistas na última segunda-feira (9). A pedido do G1, três médicos legistas analisaram duas fotografias de seu abdome e pernas com cortes na pele, sem contudo terem tido acesso ao corpo da brasileira. Os especialistas não descartaram a hipótese de Paula Oliveira ter provocado os ferimentos. Entretanto, dois deles acreditam que isso é “pouco provável”. Nas imagens, os cortes são superficiais, verticais e inclinados, e também têm a forma das letras SPV, partido político considerado xenófobo". fonte G1. "A polícia alemã investigou, no final de 2007, um suposto ataque de neonazistas contra uma adolescente de 17 anos. Na ocasião, a garota apareceu com um corte em formato de suástica entre a coxa e o quadril, alegando que jovens de extrema-direita a haviam agredido na pequena cidade de Mittweida, na Saxônia. Apresentada no ano seguinte apenas como Rebecca K, a garota virou uma celebridade local, e chegou a receber uma medalha por sua coragem – ela dizia ter sido atacada para proteger uma menina de 6 anos do grupo de jovens. Ela acusou membros da organização de direita Sturm 34 de ser responsável pelo ataque. Pela sua versão, os jovens a atiraram contra o chão e fizeram o corte de cinco centímetros com o símbolo do nazismo". Durante as investigações, descobriu-se que ela poderia ter inventado toda a história e ter feito o corte com o símbolo. Em uma reportagem do jornal alemão “Spiegel” publicada em dezembro de 2007, a polícia dizia haver fortes indícios de se tratar de um falso ataque. Eles diziam inclusive que a menina de 6 anos de que falava a garota não estava presente no momento da agressão. Os policiais disseram, entretanto que continuariam investigando para tentar comprovar se a versão da adolescente era verdadeira, e chegaram a oferecer uma recompensa de 5.000 euros por informações sobre o caso. Por falta de evidências que comprovassem sua acusação, a garota foi processada sob acusação de mentir para a polícia e para a Justiça. Em novembro do ano passado, Rebecca foi condenada pela Justiça alemã, que disse que ela tinha feito o corte em formato de suástica nela mesma e rejeitou as alegações de ter se tratado de um ataque neonazista. Ela foi condenada a prestar 40 horas de trabalhos comunitários. Exames médicos que apontaram a aparência de ferida auto-infligida serviram para contrariar a versão dela. “Temos muitos casos de falsas acusações, mas esta é extraordinária”, disse à agência Reuters o porta-voz da corte da região". site G1 Então, estamos diante de um fato estranho ou uma armação psicopata? A vitimologia, ciência correlata à criminologia, tem se aprofundado nos estudos de casos como este, vimos que esta história ainda tem muitos outros capítulos...é só conferir.
PAI de Paula afirma... 15/02/2009 - 08h44 Em qualquer circunstância, minha filha é vítima, diz pai de brasileira na Suíça Publicidade "MARCELO NINIO da Folha de S.Paulo, em Zurique" O estado psicológico da advogada pernambucana Paula Oliveira é "grave e se tornou mais preocupante", disse ontem o pai dela, Paulo Oliveira. Segundo ele, não há previsão de alta. Paula, 26, ainda não sabe que a polícia suíça desmentiu a versão de que ela estava grávida no momento da agressão que teria sofrido na segunda-feira passada, na estação de trem de Dübendorf, a 3 km de Zurique. Para poupá-la, o advogado também ainda não contou à filha que a polícia suspeita que ela mesma provocou os ferimentos em seu corpo. Um dia após ter afirmado que acredita na versão da filha --de que foi atacada por skinheads e que teria sofrido aborto de gêmeas num banheiro da estação--, Paulo fez ontem a primeira concessão em relação às suspeitas da polícia suíça. "Em qualquer circunstância, a minha filha é vítima", disse ele. "Ou é vítima de graves distúrbios psicológicos ou da agressão, que desde o início ela sustenta e [de que] não tenho motivos ainda para duvidar." Na sexta, a polícia apresentou os resultados de uma perícia independente, que descartou a gravidez de Paula no momento em que alega ter sido agredida. Sobre os cortes no corpo dela, o legista responsável pelo caso disse que há fortes indícios de automutilação. Paulo disse que não tem exames que comprovem a gravidez da filha. "Como eu não morava com ela e nem moro, não sei onde estão os documentos", contou o advogado. "Tudo o que tenho são as informações que ela transmitiu antes que esta tragédia se iniciasse." Ao chegar ao Hospital Universitário de Zurique, Paulo parecia desorientado. "Eu e ela estamos em estado de choque", disse ele, que precisou de ajuda para achar o quarto de Paula. Segundo ele, não há data para a filha receber alta e que pretende levá-la ao Brasil quando isso ocorrer. Mas descartou uma saída apressada. "Não temos motivos para fugir." Segundo ele, a família decidiu não contar à filha os resultados dos exames da polícia para não piorar o seu "grave estado psicológico".
E agora ??? como fica ??? Ela mentiu???
Diante das novíssimas notícias acerca de Paula Oliveira de que ela teria mentido e inventado toda história, como podemos acreditar ? em quem acreditar? a psicologia criminal explicaria este caso? Será que ela mentiu para se esconder de algo que a aprisiona? Como entender essa situação, muitos devem estar enlouquecidos , mas, a mutilação, a gravidez , o convencimento dela mesma com a mentira; na realidade a fantasia tomou conta da imaginação pairando num cenário irreal cheio de recheios entorpecidos. A maneira que as investigações avançavam , creio eu, que os investigadores mais se convenciam de que "ela" fantasiou tudo, o cruzamento de dados, as investigações técnicas e periciais e principalmente a "farsa" desproporcial e da razão à loucura íntima, que só o mais astuto inspetor poderia prescrutar...

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