25 de agosto de 2016

Conflitos e atualidades

Quais são os desafios atuais e porque temos tantos conflitos? 
Para Simmel (1976), a vida em sociedades urbanizadas é capaz de gerar conseqüências psicológicas nos indivíduos que dividem os espaços das cidades. A maioria dessas conseqüências é nefasta, e para defender-se, os habitantes
metropolitanos são levados a adotar uma série de comportamentos, como o distanciamento das relações afetivas.
O que para o homem primitivo foi à luta com a natureza visando à autopreservação, para o homem moderno é uma luta entre o interior e o exterior, entre o individual e o supra-individual.
"A metrópole altera os fundamentos sensoriais da vida psíquica”. O tipo metropolitano está exposto a uma quantidade muito maior de estímulos nervosos do que o homem do campo, para o autor a oposição da cidade grande com o campo é a oposição entre o mais rápido e o mais lento, entre o habitual e o nunca habitual, devido a mudanças constantes de imagens, sons, entre outros. Desta forma, poderia haver uma espécie de “overdose” de estímulos nervosos, isto implicaria em uma desestabilização emocional. Sendo assim, postula-se que os sujeitos adotem certa vida mental para que consigam continuar vivendo nesta sociedade.
Simmel mostra que na Modernidade há uma discrepância grande no ritmo de crescimento da cultura objetiva, isto é, ligada aos objetos, e da cultura subjetiva, que diz respeito à cultura dos sujeitos. Enquanto a objetiva cresceu vertiginosamente, a subjetiva foi mais lenta e pode até ter regredido em certos aspectos.
O advento da Modernidade possibilitou avanços em diversos campos de conhecimento. Desta forma, houve um enorme desenvolvimento do espírito objetivado das coisas.
A causa deste fenômeno seria a divisão do trabalho e sua crescente especialização. Na modernidade os objetos ganham uma autonomia própria, gerando assim, uma preponderância destes sobre o sujeito. É como se os objetos passassem a existir por si, independentes dos homens. Isso caracterizaria a Tragédia Moderna, a falta de controle dos seres humanos sobre os objetos criados.
Para Simmel, o advento da economia monetária é o fator estrutural mais importante da época moderna e o dinheiro se caracteriza assim, como o elemento que une e separa “trata-se da fronteira de interesses, por um lado, e da separação dos mesmos por outro”.

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